quarta-feira, 17 de julho de 2013
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Resumo do texto: Existem boas formas de explorar a literatura na escola?
Será que a imposição é um bom caminho para se pensar a leitura como valor? Ler um livro por obrigação ou para aquisição de uma nota não possibilita ao aluno uma leitura prazerosa, de crescimento, mas, sim uma leitura imposta que fica só ali e o aluno não carrega nada para sua vida. Ler é, sim, um esforço, e, para valer à pena, é preciso que essa leitura tenha relação com nossos interesses, nossas questões e necessidades maiores. Dessa forma, experimentamos prazer ao ler, obras longas, difíceis, porque o que estamos lendo significa algo para nós.
É comum também que o livro de literatura seja imposto para a turma toda estudar determinado assunto de outra disciplina, menos literatura. Como ocorre em Língua Portuguesa, trechos literários são usados para ensinar ortografia, pontuação, classes gramaticais entre outras coisas mais e a literatura torna-se um instrumento de informação, pura e simples. Jogar a literatura para campo instrucional pode tirar dela o poder da fantasia e do jogo, que alimentam outra parte importante de nossa vida.
Ao propor uma leitura literária, é fundamental que o literário seja o prioritário, e que o informativo emerja da construção artística, e não o contrário. Até agora foi abordado o que parece inadequado no desenvolvimento da leitura literária: a imposição não funciona, a obra única fere o princípio de atendimento das preferências pessoais e de conhecimento prévio, a avaliação por meio de provas não prova. Devemos nos empenhar em mostrar a relevância de descartar práticas que costumam criar aversões.
Vamos pensar agora, em experiências que reconhecidamente dão certo, para a maioria das situações e que permitem muitas variações, mantendo os princípios mais importantes.
1- Como fazer a escolha de títulos?
A- Selecione livros bem diferentes, em gênero, em dificuldade, no tratamento da história (com humor, com poesia, por exemplo). Apresente a seus alunos obras daquelas várias tendências apresentadas na seção2.
B- Proponha que cada um escolha o título que mais lhe interessa e que leve para ler “em casa”.Será ótimo se os livros forem da biblioteca e eles puderem levá-los já para casa. Se tiverem de ser comprados, enquanto eles não chegam, mantenha sempre uma conversa sobre os livros, use textos deles.
2- Que fazer, enquanto os alunos estão lendo?
A- Inicialmente, tenha todos os dias alguns minutos para uma roda de leitura, em que cada um vai falar sobre seu livro. Você pode fazer grupos de discussão entre os que estão lendo a mesma obra. Acompanhe essas discussões dos grupos. Ajude no debate criando perguntas estimuladoras.
B- Conforme o andamento da leitura, deixe à disposição dos alunos o espaço de um painel, de um quadro, para eles escreverem, se quiserem, algo sobre o livro.
C- Conforme o envolvimento com o assunto da obra, eles podem interessar-se por desenvolver alguma outra experiência: passar a história para quadrinhos, dramatizar, fazer uma pesquisa ou entrevista sobre uma questão do livro, escrever ao autor, etc.
D- Os alunos têm prazer em apresentar para os outros os resultados de um trabalho. Discuta com eles formas, local e data de apresentar aos colegas o seu trabalho.
E- Depois das apresentações, avalie o trabalho com o grupo e com a turma toda.
3- Como avaliar a leitura dos alunos?
Se avaliação na escola é uma dificuldade, no trabalho com arte e, portanto, com a literatura, ela é um ponto crítico. Cada vez mais, os teóricos e pedagogos insistem num ponto fundamental: nossa avaliação não pode ser apenas somativa, mas também formativa, uma avaliação em processo. Na avaliação com leitura, menos do que “medir” o conhecimento dos alunos, ela deve ajudar-nos a ver com clareza se nossos objetivos estão sendo atingidos, se nossos métodos e estratégias estão aproximando os alunos da leitura. Ela dá pistas para o redimensionamento do nosso trabalho. Basta que queiramos enxergar não simplesmente as dificuldades dos alunos, mas as nossas também, na busca para superar os problemas deles.
Na realidade , todas as atividades de acompanhamento dos alunos foram uma avaliação não só da turma, mas da atuação do próprio professor e das condições da leitura. Dessa forma, o foco deixa de ser a atribuição de um a nota, ou de um conceito a cada estudante, e passa a ser também uma análise das condições de aprendizagem que o professor e escola oferecem aos alunos.
Essa avaliação deve ser explicitada sempre aos alunos. Comece fazendo a eles indagações que ajudem o próprio grupo a se auto-avaliar, a perceber pontos altos e baixos da atividade, ou de seu envolvimento com a leitura. Não é adequado você observar o trabalho e não dizer nada, ou só encontrar falhas, ou só elogiar (a menos que só mereçam elogios). Vá além do “Muito Bem” ou do “Precisa melhorar”. Explicitando suas opiniões, vai favorecer o crescimento do grupo.
Resumo: A literatura no Ensino Médio: quais os desafios do professor?(Texto de Ivanda Martins)
A Leitura da Literatura está relacionada à compreensão do texto e o Ensino da Literatura é o estudo da obra literária, visando sua organização estética. Tanto a Leitura quanto o ensino da Literatura estão interligados e a escola parece dissociar esses dois níveis, desvinculando o prazer de ler o texto literário do reconhecimento das singularidades estéticas da obra. Eles devem estar presentes no contexto escolar, de modo articulado, pois são dois níveis dialogicamente relacionados.
O professor deve confrontar o aluno com a diversidade de leituras do texto literário, para que o mesmo reconheça que o sentido não está no texto, mas é construído pelos leitores na interação com textos. Partindo dessa interação do aluno com textos que o estudo da literatura torna-se significativo. A literatura não pode ser compreendida como objeto isolado, sem as interferências do leitor, sem o conhecimento das condições de produção/recepção em que o texto foi produzido, sem as contribuições das diversas disciplinas que perpassam o ato da leitura literária, inter/ multi/ transdisciplinar que envolve e correlaciona outras áreas do conhecimento( história, filosofia, geografia, etc.) ainda precisa ser mais difundida no espaço escolar. Abordar a literatura, visando as noções de intertextualidade, interdisciplinaridade, transversalidade e intersemiose é, sem dúvida, uma premissa fundamental para que o aluno desenvolva uma compreensão mais crítica do fenômeno literário, sendo este inserido nas práticas sociais e culturais.
Atualmente a escolarização da leitura literária é um tema muito debatido, por diversos autores. Ela é classificada em escolarização adequada, que conduz eficazmente às práticas de leitura presentes no contexto social e em escolarização inadequada, que resiste a aversão dos alunos aos livros e distancia-se das práticas sociais de leitura. Numa escolarização inadequada, observa-se a ausência de uma proposta de ensino interdisciplinar, fator que contribui para o estudo do texto literário como elemento isolado das demais disciplinas, pois o aluno percebe a integração entre a literatura e as demais áreas do conhecimento.
A literatura é também utilizada como fenômeno decorativo e belo, valorizando-se mais as obras clássicas, esquecendo da riqueza presente nas obras contemporâneas. Com isso, é imprescindível que o professor reavalie suas leituras e leve a produção de autores comtemporâneos para a sala de aula, fazendo uma abordagem diacrônica( resgatando obras do passado) e sincrônica( analisando obras do presente) considerando suas manifestações culturais, a produção e a recepção do objeto literário. Ensinar literatura não é apenas elencar uma série de textos ou autores e classificá-los num determindado período literário, mas sim revelar ao aluno o caráter atemporal, bem como a função simbólica e social da obra literária.Segundo Rösing(1988: 14)" O que vem acontecendo no Brasil é uma prática de ensino da literatura predominantemente empírica, em que é desconsiderada, ou por omissão ou por desconhecimento, a natureza da leitura, da literatura e suas implicações". Nesse sentido, há uma necessidade evidente de reavaliação das metodologias direcionadas ao esino da literatura, visando à busca de alternativas didáticas de ensino-aprendizagem capazes de motivar os alunos à leitura por prazer.
A relação entre literatura e escola apresenta-se, normalmente, marcada por concepções estigmatizadas sobre o fenômeno literário.Sentimos a necessidade de refletir sobre essas noções estereotipadas, verdadeiros mitos que orientam o trabalho com a literatura em sala de aula. O primeiro mito: Literatura é muito difícil, culpa a escola por incentivar apenas a leitura de obras clássicas, pertencentes a contextos espácio-temporais distantes da realidade do aluno. Também cita a questão da superabundância de textos fragmentados presentes no livros didáticos, tornando o ato de ler superficial, onde o aluno não consegue ler as entrelinhas ou para além das linhas e encara o texto literário como algo complexo, difícil de ser compreendido. O segundo mito: É preciso ler obras literárias para escrever bem, reflete que a leitura e a escrita mantêm relação diálogica, na medida em que autores-textos-leitores interagem no processo de produção e recepção dos textos que circulam dentro e fora da escola. Isso implica dizer que o papel do autor pressupõe a atividade cooperativa do leitor, sem a qual a reconstrução da significação textual não ocorreria como processo de co-enunciação. Portanto, não se deveria trabalhar a leitura literária apenas com a finalidade de realizar produções textuais, resumos, preenchimento de fichas de leituras e sim realizar atividades voltadas para a leitura, incentivando o aluno a ler sem, necessariamente, ser avaliado, deixando-os livres na escoha de seus próprios textos. Talvez, dessa forma o aluno sinta-se mais motivado à leitura literária. O terceiro mito diz: A linguagem literária é marcada pela especificidade, essa visão da linguagem literária está ainda presente no contexto da sala de aula, em que a obra literária é analisada com base em enfoques formalistas e estruturalistas. As relações entre texto-leitor, texto-contexto muitas vezes não são consideradas como deveriam.
Desse modo, a relação entre linguagem literária e não-literária precisa ser abordada na escola a partir dos pontos de confluência entre a literatura e os discursos que produzimos cotidianamente. Segundo Lajolo (2001:18) o que diferencia o literário do não-literário não está imanente ao texto, mas participa de um processo mais amplo que envolve as condições de produção, recepção e a mediação entre autor-texto-leitor.
As novas tecnologias vêm requerer uma postura diferente em face da literatura. O ensino da literatura, como qualquer outra forma de ensino-aprendizagem, precisa estar atrelado ao contexto dinâmico das novas ferramentas tecnológicas. Com o surgimento da internet, tanto a leitura literária como outras práticas de leitura e de escrita estão assumindo novas funções, ou seja, estamos, aos poucos, ajustando nossas estratégias comunicativas e interativas. Aos textos impressos, somam-se os textos eletrônicos, formados pelas relações intra e intertextuais que exigem um leitor familiarizado com a articulação de diferentes linguagens. O leitor passa a ser um navegador e parece perdido diante do acúmulo de inúmeras informações e da rapidez com que o conhecimento se propaga pela internet. Esse leitor-navegador desenvolve uma leitura superficial pela rapidez de informações disponíveis pelos recursos da era digital e a escola ainda precisa desenvolver estratégias diversificadas, visando à formação desse leitor-navegador que ultrapasse essa superficialidade de leitura. Ao longo do texto, foram citadas várias sugestões metodológicas sobre a literatura em sala de aula como:desmistificar a concepção escolarizada da literatura como fenômeno decorativo, belo; incentivar o trabalho com textos clássicos e contemporâneos; reavaliar o seu trabalho a todo instante entre outros. Essas sugestões servem para refletirmos sobre estratégias capazes de contribuir para o nosso trabalho, enquanto professores de literatura, sempre dispostos a refletir, analisar e reavaliar nossa prática pedagógica direcionada ao texto literário.
Enquanto isso não ocorrer, as aulas de literatura continuarão desinteressantes, devido aos exercícios fragmentados e repetitivos de boa parte dos livros didáticos, à postura tradicional diante o texto literário, à avaliação da leitura literária como forma de punição e não de prazer. Enfim, nós professores devemos reavaliar as concepções de literatura que norteiam nossa prática pedagógica, desconstruindo os mitos que ainda circulam na escola e limitam as relações entre leitor e texto literário em sala de aula
domingo, 14 de março de 2010
Relatório do Avançando na Prática/TP2/Unidade 8/Seção2/Páginas 120 e 121
O que os alunos tiveram mais dificuldade foi encontrar a entonação mais adequada para algumas situações do texto e senti a necessidade de auxiliá-los quanto a isso. Percebi que todas as equipes se esforçaram bastante para apresentarem um bom trabalho para a classe e os alunos que ficavam a assistir tornaram-se jurados e comentaristas das apresentações feitas pelos colegas. Em seguida, comentei todos os grupos que se apresentaram e pedi que eles se auto-avaliassem também.
Com essa atividade, mostrei para os meus alunos a importância que devemos dar as atividades orais, pois muitas vezes, preocupamo-nos tanto com a escrita e a oralidade é esquecida. Devemos considerar também o saber ouvir(situações de escuta) e isso implica no desenvolvimento da capacidade de compreender melhor, avaliar e responder corretamente ao que ouvimos. Todos os alunos gostaram bastante de se expressar para o grande grupo, de realizarem a auto-avaliação, apontando suas dificuldades e suas virtudes no trabalho feito. Já realizava atividades assim e percebi que são bastante enriquecedoras, principalmente para os alunos que tem uma certa dificuldade ou medo de se expressa, isso ajuda bastante.
Relatório do Avançando na Prática/TP2/Unidade 6/Seção1/Página51
No caso dessa aula, nos detemos aos sinais de exclamação, interrogação e reticências que tornaram-se pobres quanto à riqueza da linguagem oral. Enfim, são nessas atividades que percebemos em nossos alunos a capacidade que eles têm de se expressar e mostrar para nós que são capazes de realizar coisas que muitos duvidam. E essa confiança em nossos alunos deve partir de nós educadores, pois somos mediadores e também aprendemos bastante com nossos alunos. Levamos e construimos com eles o SABER.
sábado, 6 de março de 2010
TP2/AAA2/Aula 7/Criando o Poema (Unidade7)
Produções do Alunos:
P P P P O
P P P O N
P P O N T
P O N T O
(Lucas Fernando/6ª Série C)
rio verde, arco verde
rio verde, arco verde, barco verde
rio verde, arco verde, barco verde, marco verde
rio verde, arco verde, barco verde, marco verde, peixe verde.
(Talita Caroline/ 7ª Série C)
rio, terra, árvore
rio, terra, árvore, terra
rio, terra, árvore, terra, ar
rio, terra, árvore, terra, ar, terra
rio, terra, árvore, terra, ar, terra, ser humano
rio, terra, árvore, terra, ar, terrra, ser humano, terra
(Jonatas Pierre/ 6ªSérie C)
P P P P P
P P P P E
P P P E D
P P E D R
P E D R O
(Pedro/ 7ª Série C)
TP1/Relatório do Avançando na Prática/Unidade 4
- "A voz do povo é a voz de Deus."
- "Quem com o ferro fere, com ele será ferido."
- "Pimenta nos olhos é refresco."
- "Quem dá aos pobres, empresta a Deus."
- "Quem dá o que tem, a pedir vem."
- "O sol, nasce para todos."
- "O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada."
- "Mais vale um pásaro na mão do que dois voando."
- "Mais vale um amigo na praça do que dinheiro na caixa."
- "Quem tem boca vai a Roma."
- "De grão em grão a galinha enche o papo." Discutimos cada registro de fala e analisamos de forma coletiva o ensinamento trazido em cada ditado. Os próprios alunos falavam com segurança e já comentavam sobre o seu ensinamento. Também questionei com eles qual deles eram atuais e quais eram ultrapassados. Enfim, finalizamos a aula, percebendo que independente se esses ditos forem recentes ou não, todos são importantes para fazermos reflexão sobre nossas ações nos dias atuais.